2017 - um ano para agradecer

-17C lá fora. Comemorando aqui a Ação de Graças norte americana, no ano de 2018. E lembro que esqueci de fazer meus registros de agradecimento do ano passado. Uma vergonha. Vergonha pq tenho escrito tão pouco. Vergonha porque tenho agradecido tão pouco. Mas olhando as fotos, que são meu footprint, eu posso dizer que a vida tem sido intensa. Muito intensa. Só a agradecer mesmo. Aqui, coloquei a difícil tarefa de um foto por mês para ilustrar a lista de agradecimentos.

Janeiro de 2017
Fiquei sozinha no Inn. Eu e Pandora. O mês todo. Entendi que não posso ser Inkeeper pq num dia de possível falta de luz, eu fiquei a noite inteira ligando o abajur para saber se os hóspedes  do outros prédio ficariam com frio. Estranho, a árvore de natal caiu sozinha. Espero que tenha sido só o peso mesmo. Eu comecei a fazer aula de writing english em um castelo. Melhor impossível. A professora é a coisa mais fofa de todo o sempre. Uma idealista empolgada com a vida. Pandora mostrou que AMAAAAAA a neve. Fui ao cinema ver Moonlight sozinha para a aula de escrita.  E o mais emocionante de tudo foi ter meu filho aqui, indo pra aula comigo. Ninguém vai conseguir repetir o que senti. Ele veio rapidinho para visitar, teríamos aula especial com café da manhã no sábado então levei-o junto. Meus "vizinhos"Jodie e Gary são fabulosos (eles vem de Maryland todo inverno para passar um mês ou dois por aqui), meus sogros também vieram visitar. Fui tb no aniversário surpresa de Jefferson e Michel. Mas no final Pandora foi a minha companheirinha o tempo todo. Greg estava em Lisboa sendo feliz tb, na primeira residência artística dele. Adoro. E agradicida por dimais!
Dois mores.


Fevereiro de 2017
Mês de fazer cortina para o quarto - para fechar o closet e a prateleira de roupas. De lixar os móveis do quarto tb. Fomos na dança para ajudar a SPCA, divertido. Mas a vizinha ficou reclamando do latido da Pandora. Sou grata por não a ter xingado. Continuei fazendo aula de writing no COA. AMANDO! Jefferson e Michel vieram jantar aqui. Tivemos uma tempestade de neve atrás da outra. Neve até a cintura. Fomos em evento para fundos para o skate park no Chocolate. Fomos no jogo de basquete da High School aqui. Comecei a escrever um livro pro meu filho. Fui no evento posterior à Women's March. Não sei se foi a pressão atmoférica ou a tempestade, mas fiquei bem tonta e esquisita. Grata, por ter passado por tudo isso e me divertido como ninguém!
Pra entender o que foram as tempestades de neve de fevereiro...


Março de 2017
Finalmente a mudança chegou! Deus meu, que enrolação e demora. Passamos metade do mês pendurando os quadros do Greg pela casa. Meus livros estão aqui! Minha escrivaninha veio! Final da aula de writing do COA e fiz meu primeiro artigo científico em inglês sobre a Women's March. Nas limpações do Inn coloquei algumas coisas que estavam paradas para vender ou doar. Comecei a conversar com o Hakim, um menino da COA que quer aprender português para ir estudar o Santo Daime no Acre. Assisti no cinema: I'm not a negro. E, em casa, Requiém para um sonho. Achamos uma caixa super pesada no Inn que a gente quase morreu de curosidade para saber o que era. Fomos a Brewer para abrir: um microscópio. Ainda a neve cobre tudo. Grata!
a neve, o mar e o céu.



Abril de 2017
Mês de aniversário. Chorei o dia todo com as coincidências da vida. Grata sempre. Fizemos caminhada, Greg fez exposição e as flores começaram a brotar tudo de novo. As limpezas no Inn começaram também com Christina e Maria e dei geral no basement e em outros lugares. Inclusive na máquina de costura da vó e nas caixas de botões. Preciosidades. A mãe do Greg me mandou flores  - exatamente as que dei quando saí do meu apartamento em Curitiba. Tive bolo tb. Grata, sempre!
O motivo da minha choradeira de aniversário... What goes around, comes around. Always.


Maio de 2017
Abertura do Inn. Comecei a fazer café da manhã, que momento mágico das 6 as 8 da manhã! As cores começam a voltar e a exuberância da natureza chega com toda a sua força. Revisei os dois livros que estava publicando no Brasil sobre comunicação. Plantei as verduras na nossa hortinha. Eu tenho uma hortinha!!!! Fui levar meu celular para arrumar pq eu consegui derrubar e quebrar... Pessoal de Bangor é muito querido. Ah, e estou indo nadar no YMCA.  Encontrei uma médica para mim. Ela era a mesma da vó do Greg. Se isso não é um sinal, não sei o que pode ser. Grata por estar e ser!
Produção para o café da manhã.

Junho de 2017
O verão aqui foi exuberante como sempre. Flores para todos os lados e demos uma saída para visitar Winter Harbor. Uma igreja que é só colo eu vi lá. Um silêncio delicioso e a oração para os que tiram férias. Fui também a Bangor levar as chinesas para comrpar roupas e ajeitar o Social Security. Fizemos hikings. E jantamos lagosta no reading room com um por do sol estonteante.

A igreja-colo numa encruzilhada de Winter Harbor.



Julho de 2017
Tive filho visitando no feriado de independência. Então fizemos a Door Mountain - Pandora pediu colo - lobster com as chinesas housekeepers e sunrise na Cadillac Mountain. Memorável.
A outra lembrança fantástica foi visitar filho colombiano. Primeira vez em Bogotá, depois em Cartagena. Pra variar tive problemas com o avião e cheguei um dia mais tarde, mas tudo valeu a pena. Visite o Cerro de Montserrat e tive uma vista da cidade. depois Cartagena, a cidade murada, para o IAMCR. Também fantásticos contatos com gente da antiga e gente nova do mundo da pesquisa. De volta a Bogotá, mais passeios no Museo do Oro e na Galeria de Botero com seu mundo gordo.
o sol nascendo na Cadillac Mountain



Agosto de 2017
Fomos ao teatro aplaudir a Mary da Kim com The Bus Stop. Que beleza de interpretação! Não vejo a hora de assisti-la em algum filme de Hollywood. Fomos tb, com a sogra, ao show de Kenny Wayne Sheperd. Eu nunca tinha ouvido falar mas foi muito bom. A natureza continuou um desbunde e fizemos várias caminhadas fantásticas com aqueles cenários característicos. A sogra veio visitar e sempre faz as coisas mais divertidas do que são. A neblina e a umidade do ar foi característica de diversos dias.
Parece navio fantasma, mas é mais um dos shows da ilha.



Setembro de 2017
Ssetembro é sempre um mês estonteante. O trabalho continuou duro e frequente, no Inn e na loja It's a Me Thing, mas não dá para reclamar .Os dias estão um mais lindo que o outro que escolher a foto para celebrar o mês foi uma dificuldade sem tamanho.
Fizemos caminhada no Parque, uma delas na Day Mountain. Participamos do Maine International Filme Festival by-the-sea que acontece no Reel Pizza e eu assisti com Greg o húngaro It's not the time of my life e Abudant Acreage sozinha. Foi um mês de sentir-se viva.

Vista da Day Mountain


Outubro de 2017
Milhares de agradecimentos só para variar. Recebi cartinha da Talita com amostras do novo negócio: sabonetes perfumadíssimos. Recebi cartinha do Pedro Pichelli para um projeto dos escoteiros. Chiiique.
Para fechar a temporada jantamos no Burning Tree. Minha lista dos restaurantes de Bar Harbor está quase completa. Ah, e fomos no Padd's com os german lads.
Recebemos a visita ilustre do Chris, o meetable friend que trouxe Kristen Jakobs e seu marido. Escalamos e levamos o Hakim conosco. Fizemos haking e subimos a Cadillac Mountain. Fizemos a colheita das mini-cenouras que plantamos em maio... Ano que vem vai ser mais cedo.
Ganhei doces de Halloween da sogra que nunca esquece de comemorar data alguma. Greg montou a exibição na biblioteca de Southwest Harbor. É, busy month.
Tinha muita foto linda e amorosa em outubro. Mas essa foi escolhida porque foi o mais estonteante e avermelhado por do sol que vi no ano. E olha que é um mais lindo que outro.



Novembro de 2017
Abertura da exposição do Greg em Southwest Harbor. Coisa fina. E aí a gente embarca rumo ao Panamá. Loucura. A gente chega as 2 da manhã e já sai as 5 da manhã pra uma viagem maluca em meio a todas as curvas possíveis para encontrar ilhas paradisíacas no Atlântico. O diário dessa viagem está bem detalhado aqui no blog, por isso não vou me delongar com as belezas estonteantes do país. Na volta para casa, paramos em Salem. Baita experiência depois de ter lido The Crucible. Nesse mês tb fomos ver o computador pequeno que ia substituir o que deixei com o pai. Nossa ida mensal a um restaurante diferente foi na Atlantic Brewer.

a imagem escolhida pra agradecer o fantástico novembro de 2017 é a cartinha que mandei pelo pai com os presentes de natal pra galera no Brasil. Agradeço que os tenho, mesmo longe.

Dezembro 2017

Comprei minha primeira arte nos EUA. Agradeço a mulher contemplativa. Adorei. Participei da primeira feira de artesanato aqui e foi beeem legal. Fui para a cerimônia de cidadania do Jefferson em Yarmonth e comemoramos o aniversário dele no mesmo dia. Perdi um amigo daqui e ganhei um amigo na Alemanha. Que seja muito feliz. Agradeço, claro. Fomos na despedida do Dakota na casa Laurie e eu senti família lá. Natal foi na Ann. Também, acolhida de estar em casa.
Passei o ano novo de pijama, feliz, com marido e doga. Mas o troféu de agradecimento vai pras cenas estonteantes que a natureza proporcionou esse mês. Pena que fiz a regra de por uma foto por mês nesses agradecimentos...




E assim foi o ano. Intenso. Muito intenso. Só tenho a agradecer.

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