De manhã o anfitrião estava aqui no apartamento de novo e
fui perguntar se iríamos ao campo ou terminar as lenhas em casa. Ele disse para
irmos ao campo. Daí falou com Marco e este pelo jeito explicou que terminamos
os engalhamentos e a compostagem. Daí ele mudou de ideia e disse que vamos à
casa dele cortar lenha. Mostrou ao Greg como fazer isso usando o machado.
Mostrou também um tronco de oliveira cortado, disse que seria usado para fazer
tábua de cortar salame. Apontou orgulhoso o desenho da madeira, exclamando um "Che
belo!" Explicou para a gente que a oliveira quando fica muito grande/velha,
acaba não produzindo muita oliva. Aquele tronco tinha 70 anos. Contou também
que Mussolini ajudou todo mundo naquela área que queria plantar azeitonas e
uvas. Ele meio que financiou as plantações. Imagino que o plano era manter o
pessoal por aqui em vez de inchar as cidades. Pena que hoje ninguém consegue se
manter somente com as uvas e com o óleo de oliva.
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Paolo ensinando o Greg como faz com o machado. |
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O tronco de oliva com 70 anos que vai virar tábua de cortar salame. |
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Finalmente acabamos com a pilha de madeira. Agora a lenha será usada para começar o fogo da cozinha. |
Terminamos a pilha de madeira finalmente, separamos o mato da
lenha e Greg foi ajudar Paolo a cozinhar enquanto eu limpava os restinhos do que
precisava limpar. Fui ainda arrumar o apartamento que ele iria alugar pra um
casal de alemães e que fica dentro do edifício dele – bem fofo. Depois comemos
risoto de cenoura com salame e a polpeta de quinoa que a esposa, Giuliana,
tinha feito. Impressionante como estamos comendo bem aqui. Muito bem. Daí
ajudei a lavar tudo inclusive uns potes de azeitonas que ele tinha fervido dias
antes. Dentro deles não vai a salmora, vai óleo de oliva. Um deles tinha aberto
e feito uma bagunça, daí limpei tudo e ganhamos o vidro que tinha aberto. Paolo
disse que deve ser comido “súbito”. Tenho certeza que vamos obedecer...
Nosso anfitrião pode até ser um cara meio bronco, um pouco
dramático quando fala, mas tem um coração gigante, muito preocupado. Perguntou
sobre o amigo “tedesco” (alemão), dissemos que iríamos nos encontrar às 2h30.
Daí ele nos mostrou o caminho para ir a pé de Pranzo a Tenno, indicou que
devíamos ir ao redor da vinha e atravessar a ponte. Fomos. O dia estava lindo.
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Florzinhas do meio do caminho |
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A vinha que rodeamos à esquerda quando era para pegar à direita. |
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Outras florzinhas do meio do caminho. |
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A cachoeira que cai no meio do vale em que estamos e que só encontramos porque pegamos o caminho errado. |
Bem, pegamos o caminho errado. Era para ser logo a direita e
fomos atravessando a vinha, descendo um caminho que estava meio fechado. Havia
roseiras fechando tudo o tempo todo, e tínhamos que cuidar para não sairmos com
o rosto todo arranhado. Algo me dizia que estávamos bem errados porque há muito ninguém passava por ali. Greg continuou
indo, eu atrás, e ele acabou dando de cara com um cervo morto, meio comido. A
coisa me assustou um pouco porque eu não tinha pensado (pobre menina urbana!)
que haveria animais selvagens aqui! E eu fiquei ali estática pensando que tipo
de animal teria comido metade de um cervo... Enfim, voltamos tudo de novo até a
vinha porque não seria legal atravessar o rio com esse frio... Encontrei o caminho certo, à direita. Seguimos
o caminho, chegamos na ponte e na estrada.
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O cervo morto. Pobrezinho. |
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Cerejeira em flor. |
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Uma ape. depois falamos sobre elas... |
De volta a Tenno esperamos por
Chris.
O plano da tarde era dar um pulo em alguns lugares que o guia
de escalada mostrava. A primeira parada foi ver se tinha lugar para o Chris ficar
aqui em Tenno, depois no hotel dele ao redor de Arco para fazer a mudança dele
para cá, mais perto de nós. O trânsito entre um vilarejo e outro, para se fazer
todos os dias não é muito confortável. Muita curva, muito carro, muita gente
indo e vindo de um jeito meio sem saber.
Enfim, mudança feita, fomos dar uma olhada em Nago. Greg
estava babando em cima do guia de escalada no banco de trás do carro. Milhares
de vias, diferentes graus, uma loucura. Paramos em um estacionamento em Nago e
os paredões estavam na nossa frente. Os dois já estavam bem satisfeitos com o
que viram e fomos passear pela cidadezinha. Bem diferente de todos os outros
vilarejos que estamos acostumados aqui, medievais, em cima da montanha. Uma
caminhada na beira do Lago Di Garda mostrou porque o lugar é um point dos
veleiros. Muuuito vento. E a trouxa aqui tinha deixado a jaqueta no carro.
Nago tem uma mistura de casas antigas fofas, um pouco
medievais, mas coloridas e a modernidade de um point de turismo com muitas
lojas principalmente oferecendo produtos para os esportes da redondeza:
windsurf, escalada, treking e biking. Paramos
para um café com croissant em um lugar com nome sugestivo: Winds, e depois
continuamos nossa exploração da cidade.
Voltamos para o carro e fomos fazer a mesma caminhada em
Riva Del Garda. Frio, uns 8 graus com o vento e estava cheio de gente. Fico
imaginando o que é isso aqui no verão. Bem, vou deixar as fotos dizerem por si.
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Alecrim. No meio da rua em Nago. |
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Nago |
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Nago |
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Nago, no Lago di Garda |
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Riva Del Garda em Nago |
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Nós. Num frio ventável. |
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Patos que não passam frio. |
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Pastas de todos os jeitos. Inclusive em formatos estranhos... |
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O lago em Riva del Garda |
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Sempre um vapor por tudo, uma coisa branca como se fosse umidade. |
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Eu estava super torcendo para ele se erguer no vento que fazia... |
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Centrinho |
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Ruas em Riva |
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Uma das praças principais. A que dá a noção que ali foi um burgo murado também. |
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Torre perto da margem do lago. |
Ufa, consegui ler tudo!! Guria que fantástico!! Não consigo calcular quão enriquecedor tudo isso está sendo pra vocês!! Que show!! Beijos!
ResponderExcluirEeeeeee, estou colocando todos os dias. Pelo menos tento. Amanha eu coloco de hj e de amanhã porque já está tarde e fico usando internet dos outros ou no meio da praça... E aqui está uns 8 graus à noite. ;)
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