Sempre me sinto uma bruxa quando cozinho. É um tal de
misturar ingredientes que só me lembram de uma Maga Patológica ou Madame Min que
viviam colocando um pouco disso ou um pouco daquilo para "pufffff", entregar para
alguém virar algum animal ou se apaixonar por outro alguém.
Quando faço sopa esse sentimento se potencializa. É tanta
ervinha, composições de cheiros e sabores que não foram poucas as vezes que me
senti como se estivesse fazendo uma poção mágica que carregava dentro de si
muitas forças, intenções, tendências.
Hoje não foi diferente. Ali dentro da panela fiz uma
combinação que nunca tinha feito antes – como invariavelmente faço com sopas –
e brinquei com os temperos, com os ingredientes nem sempre comuns nesse prato.
Mas, mais que isso, desejei. Desejei profundamente, com todo meu potencial de
bruxa que o feminino me cedeu, que quem tomasse aquela sopa tivesse força para ser saudável, mas fosse escandalosamente
feliz. Muito feliz. Um dia eu vejo se funcionou. ;)
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