De ventos e de pessoas


Estou aqui em 24 de dezembro de 2012, em “La Noche Buena” esperando meu presente de Natal chegar amanhã. Sim, estou fazendo a despedida da minha solidão. Foi bom ficar comigo mesma, sozinha mesmo. Gostei da minha companhia.

E tentando fazer um ugly cake para o meu “presente de natal”, vi que o forno não funcionava. Bem, há aquele ditado que quem não quer fazer arranja um desculpa e quem quer fazer dá um jeito, arranja uma maneira. Eu odeio desculpas. Nunca acreditei nelas. Por isso odeio dar desculpas. Aí resolvi procurar receitas de bolo de panela na internet. Gente!!! Tudo enganação!!! O que dizem que é Bolo de Panela quase sempre é uma panela especial que vai ao forno... Humpf.

Mas enfim, ao mesmo tempo em que tentava daí fazer um bolo de frigideira (uma panqueca gordinha que até não ficou tão ruim) zapeei a televisão e encontrei, adivinha?

Mary Poppins!!!! Aí me lembrei do show de Mary Poppins na Broadway que tive oportunidade de ir com a minha prima e minha irmã. Fabuloso!!




Se tiver a oportunidade, por favor, assista o filme! O começo fala da chegada de Mary Poppins. Sim, o roteiro é um repetido à exaustão da babá que conserta uma casa super chata. Mas preciso dar os detalhes e ressaltar algumas coisas que precisamos lembrar e prestar atenção no nosso dia a dia.

Ela chega com sinais do vento do leste... Ah, o vento! No filme chocolate é ele quem também traz a chocolateira com sua filha que vai mudar o comportamento de uma cidade inteira. Mary Poppins chega com o vento, o mesmo que espanta todas as outras candidatas à babás (todas de preto) e, com um pouco de mágica (que nada mais é que nossa imaginação), muda uma casa inteira e uma lógica de disciplina, rigor, vira companhia, riso...

Vejo que - ainda mais nessa época de Natal – existe tanta falta de pais e adultos com imaginação... E tanta tralha para tomar o lugar dessas histórias... Os pais hoje se ocupam em comprar coisas, em vez de fazer o mais fácil: dar atenção à imaginação.
Imaginar, ver o que ninguém vê e construir histórias não custa nada. É tão fácil lidar com o ser humano: amor, atenção e imaginação. E temos milhares de Ipods, Ipads, I isso, i aquilo para entupir nosso olhar que esquecemos do mais simples: atenção e amor.

Teríamos um mundo muito melhor se todos os pais fossem como a Mary Poppins. E dias melhores se todo mundo conseguisse dizer: supercalifragilisticexpialidocious... :)

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