A maturidade - ou quase maturidade, não exageremos - traz coisas fabulosas. um delas é a ciência do que é possível fazer e do que temos controle. E usufruindo do pouco de maturidade que me apetece resolvi dar uma ajeitada na velocidade em que ando vivendo. Algo como ontem: 12 horas de trabalho, mas nadei, curti meus amigos na hora do almoço e vi a lua no anoitecer. Isso é saborear a vida eqto continuamos correndo atrás da sobrevivência.
Magicamente vem para mim um texto que exprime exatamente o que estou vivendo e não vou resistir em colocá-lo aqui.
Saboreiem e entendam que tipo de mulher quero ser agora...
Mulheres Possíveis
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é
possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss
Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer,
como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou:
trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, , procuro minhas amigas, , viajo,
vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails,
faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente,
compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda
faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas
que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada,
aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua
lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe
apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento
você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que
desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida
interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda
lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer
projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa
impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de
beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente
organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou
pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa
postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se
não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será
bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de
si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e
vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da
semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que
nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o
hotel decorado pelo Philippe Starck
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,
francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e
o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser
prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é,
afinal, uma vida interessante' .
Magicamente vem para mim um texto que exprime exatamente o que estou vivendo e não vou resistir em colocá-lo aqui.
Saboreiem e entendam que tipo de mulher quero ser agora...
Mulheres Possíveis
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é
possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss
Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer,
como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou:
trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, , procuro minhas amigas, , viajo,
vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails,
faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente,
compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda
faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas
que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada,
aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua
lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe
apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento
você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que
desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida
interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda
lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer
projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa
impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de
beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente
organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou
pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa
postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se
não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será
bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de
si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e
vir.
Desde que lembre de separar alguns bons momentos da
semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que
nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o
hotel decorado pelo Philippe Starck
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,
francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e
o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser
prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é,
afinal, uma vida interessante' .
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