Vampiros existem. E havia um me seguindo nesses últimos dias. Há quem não acredite, há quem ache bobagem, mas já vi muita coisa da arte e da ficção ser tornar realidade na minha frente para ficar duvidando. Entendo quem diz que não acredita. É um jeito de não ter que lidar com a situação... É também um jeito de não perceber quando se é sugado. E não é só sangue que o vampiro suga. Começa pela energia, pela alegria, pela boa-vontade de ver as coisas acontecerem. Vai dizer que você nunca se sentiu sugado por alguém? Há pessoas que produzem energia própria. Aprenderam a se nutrir de si e oferecer e trocar com os outros. Há pessoas que nascem copos vazios e, sem saber produzir energia – ou sem querer, acabam buscando nos outros um jeito de se encherem com algo. Então há quem doa e há quem recebe. E há os que aprenderam a trocar – doar e receber. Esses acabam multiplicando energia. E a vêem se tornar maior do que eles próprios. É isso que acontece quando aceitamos o suporte de alguém quando precisamos. E também quando oferecemos nosso tempo e atenção sem pedir esperar nada em troca. A tarde triste e sem graça acaba ficando divertida e colorida. É troca de energia, é troca de histórias... Mas essa troca de energia é difícil de ser percebida e vista. Por isso que vampiros bebem sangue nas histórias e, bem – sei que é assustador -, na vida real também. Porque a energia está no nosso corpo e reside naquilo que corre, que preenche nosso ser. E aquilo que corre em nós – energia vertida em sangue – se eternaliza e grava as histórias, os momentos que vivemos. É como a história de um violino. De um violino vermelho. Energia da música, que flui do instrumento para quem a ouve, a quem a capta. E, muitas vezes, não só o violino, mas os instrumentos da nossa vida carregam nossa história, nossa energia. Estamos um pouco em cada lugar. E tem um pouco de cada um que passa em nós.
Assista O Violino Vermelho e vai entender como uma história pode estar em diversas outras...
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