Nossos monstros internos...

Nesse final de semana assisti ao filme Quarto 1408. Longe de avaliar construção de roteiro, fotografia ou efeito especiais - que não eram lá grande coisa - fiz uma reflexão sobre o conteúdo. Pq sempre se salva algo interessante de tudo, tudo mesmo.

Outra coisa a se explicar é que não sou lá grande fã de filmes de suspense, muito menos terror, mas a essa altura da vida entendo que sempre devemos dar novas chances a tudo. Comentário a parte: acho horrível aquelas mães que dizem assim: ah, nem ofereça pq ele não vai comer. Ele nunca gostou disso... E a criança vai lá e come um balde de qquer coisa que ela "nunca comia". Assim, nada é certo, nada é estático, nada é absoluto, por isso devemos sempre dar uma outra chance.

Enfim, por essa razão peguei o tal do filme. Claro que me protegi com um colo acolhedor que iria me salvar de qquer mal que pudesse vir do filme.

Também não vou contá-lo aqui. Mas a história traz uma boa reflexão. Indico. A reflexão.

Com o pensamento no filme partilho aqui a letra de uma música de um português que até hoje eu desconhecia. E que tem absolutamente tudo a ver com a reflexão que desenvolvi. They match.
Confira:

Jorge Palma - Demónios Interiores

Sentei à minha mesa
os meus demónios interiores
falei-lhes com franqueza
dos meus piores temores

tratei-os com carinho
pus jarra de flores
abri o melhor vinho
trouxe amêndoas e licores

chamei-os pelo nome
quebrei a etiqueta
matei-lhes a sede e a fome
dei-lhes cabo da dieta

conheci bem cada um
pus de lado toda a farsa
abri a minha alma
como se fosse um comparsa

E no fim, já bem bebidos
demos abraços fraternos
saíram de mansinho
aos primeiros alvores
de copos bem erguidos
brindámos aos infernos
fizeram-se ao caminho
sem mágoas nem rancores

Adeus, foi um prazer!
disseram a cantar
mantém a mesa posta
porque havemos de voltar

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