monstros, anjos e essa dialética que não me deixa dormir

Essa semana foi punk de novo. Senti as coisas do cotidiano me afogando... Algumas vezes resisti bravamente e ignorei o corpo acabado, em outras desisti de lutar e cedi. Nem escrever aqui, rolou. Mas houve um conjunto de reflexões interessantes que apareceram, deram-se as mãos e fomaram um insight.

Estava conversando com uma amiga e chegamos à conclusão que nossos monstros internos são o principal motivo de nosso cansaço. Mas, enfim, é nossa missão ficar brigando com eles e fazê-los entender quem realmente manda na nossa vida, ora essa!! Aí ela me vem com o seguinte desejo: bem que nossos monstros poderiam ser iguais aos dos Monstros S.A.(o filme), fofinhos, no fundo bonzinhos, que dá pra dormir neles e pronto. Fiquei pensando: monstro bonzinho? Aí não seria monstro, não é?

Em outro momento revi um amigo de longa data que por "n" motivos dizia que eu era o demônio da vida dele. Na verdade, eu o questionava sempre e isso incomodava o suficiente para eu ser considerada um demoniozinho para ele. Já outro me veio com a ideia de ser anjo. Oras, anjo protege, direciona, acolhe e empresta suas asas para voarmos mais alto. Definitivamente não sou um anjo. Mas ele completou: lúcifer era anjo também.

E aí começam as dicotomias: monstros nascem ruins pra se tornarem acolhedores e fofinhos... E lá se vai o estereótipo de monstro por água abaixo... Anjos são seres celestes, fabulosos de bons mas que podem ser maquiavélicos o suficiente para se tornarem a antítese de Deus...
Que mundo mais dialético, não? O ruim pode ser bom e o bom pode ser ruim.
Acho que monstros deveriam ser monstros e anjos deveriam ser anjos. E ponto. Mas sempre encontramos atrás de uma carranca rígida e sisuda um doce de pessoa que acolhe e entende. E também, tristemente, encontramos por trás de um rosto de anjo, a maldade. Parece coisa de novela, mas não é. É a eterna dialética do bom e do mau no homem.

Comentários